Osteopatas com garantia de formação sólida e integrada
Entrevista com Ângela Carrão, docente da licenciatura em Osteopatia
A professora Ângela Carrão é docente da licenciatura em Osteopatia, lecionada no Campus Piaget do Algarve.
Osteopata de formação e especializada em reabilitação desportiva, com uma sólida prática clínica, licenciou-se também no Piaget em Silves. Esta foi uma experiência que considera excelente, recorda com prazer e recomenda vivamente.
Nesta entrevista, fala-nos das mais-valias da licenciatura, de várias questões práticas relacionadas com o curso e do futuro que espera um osteopata.
O que faz um especialista em Osteopatia e qual a utilidade da profissão?
A Osteopatia atua na avaliação, diagnóstico e tratamento manual de disfunções somáticas, respeita a inter-relação entre estrutura e função do corpo, e utiliza técnicas específicas com o objetivo de restaurar a homeostasia e promover a autorregulação do corpo.
A Osteopatia tem um papel fundamental tanto na abordagem preventiva como terapêutica, sendo indicada para uma ampla gama de condições musculoesqueléticas, viscerais e funcionais.
Estamos a falar de uma licenciatura com 4 anos de duração. Que tipo de competências é que os estudantes desenvolvem ao longo do curso?
Os estudantes desenvolvem competências teóricas, na área científica, neurociências e semiologia clínica. Adquirem também um domínio técnico nas diversas abordagens osteopáticas, bem como a capacidade de raciocínio clínico, diagnóstico diferencial e elaboração de planos terapêuticos individualizados. Desenvolvem ainda competências de comunicação ética profissional e prática baseada na evidência, preparando-se para uma atuação clínica segura e eficaz.
A Osteopatia pertence ao grupo das chamadas terapêuticas não convencionais (TNC). Sendo um osteopata um profissional de saúde especializado na prestação de cuidados musculoesqueléticos, o facto de a prática osteopática ser enquadrada nas TNC ainda é um estigma para a profissão e para os pacientes?
Apesar de a Osteopatia em Portugal estar legalmente enquadrada nas TNC, isso não reflete o nível científico, técnico e clínico da formação e da prática clínica osteopática. Ainda existe, de facto, algum estigma, sobretudo por falta de informação ou confusão com outras abordagens alternativas.
No entanto, esse cenário tem vindo a mudar com o reconhecimento académico, regulamentação da profissão e a crescente evidência científica que sustenta a eficácia da Osteopatia, sobretudo na área musculoesquelética. Tanto profissionais como pacientes têm vindo a perceber que a Osteopatia é uma prática de saúde qualificada e baseada em critérios clínicos rigorosos.
O Piaget foi uma instituição precursora ao avançar com a primeira licenciatura em Osteopatia acreditada em Portugal. Qual a importância deste reconhecimento oficial e as suas implicações na qualidade da formação oferecida pelo Piaget?
A acreditação da licenciatura em Osteopatia pelo Piaget representou, de facto, um marco histórico no Ensino Superior português.
Este reconhecimento oficial garantiu que o plano curricular, o corpo docente e as infraestruturas da formação correspondessem aos mais altos padrões de qualidade definidos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior. Também implicou uma validação científica e pedagógica da formação que a aproximou aos critérios europeus internacionais da profissão. Além disso, conferiu maior credibilidade aos diplomados, garantindo que os futuros osteopatas tenham uma formação sólida, regulamentar e integrada.
Em termos de empregabilidade, quais as saídas profissionais para os futuros diplomados?
Os diplomados em Osteopatia têm um leque alargado de oportunidades profissionais, tanto a nível clínico, seja individualmente ou integrados em equipas multidisciplinares, em centros de saúde integrativos, clínicas de reabilitação ou unidades de saúde desportiva, por exemplo. Existe igualmente uma crescente integração em contextos institucionais, como clubes desportivos ou lares, entre outras saídas.
Por outro lado, além da prática clínica, existem também oportunidades na área da docência, da investigação científica e da intervenção comunitária.
Com a regulamentação da profissão, passou a existir um mercado mais estruturado, o que reforça a empregabilidade nacional e internacional.
Qual o perfil de estudantes que ambiciona ter no próximo ano letivo e qual o impacto que espera que eles venham a ter um dia na comunidade?
Ambicionamos estudantes com forte sentido de responsabilidade, curiosidade científica e motivação para a prática clínica centrada no indivíduo. Valorizamos candidatos com interesse pela teoria científica e pelas Ciências da Saúde em geral, mas também com empatia ética e capacidade de escuta ativa, competências que são essenciais para a relação terapêutica.
No futuro, esperamos que estes profissionais contribuam para uma sociedade mais saudável, oferecendo cuidados diferenciados.
A licenciatura é lecionada num Campus onde os estudantes de Osteopatia irão interagir diariamente com alunos que estão a formar-se noutras áreas da saúde. Na sua opinião, isso é uma vantagem ou uma desvantagem?
Na minha opinião, é claramente uma vantagem. A convivência entre estudantes de diferentes áreas da saúde promove uma compreensão mais profunda do trabalho interdisciplinar e proporciona uma equipa com uma cultura de respeito e cooperação entre profissões. A interação só enriquece a formação. Além disso, favorece o desenvolvimento de competências transversais, como a comunicação interprofissional, a ética colaborativa e o pensamento crítico.
Do seu ponto de vista, quais são as vantagens de estudar em Silves?
Estudar no Piaget do Algarve oferece várias vantagens estratégicas. Temos um ambiente e um estilo de vida muito equilibrado, em função da localização geográfica a sul, além de dispormos de uma atividade cultural muito interessante, com um custo de vida bastante acessível.
Em relação ao Campus, dispomos de uma academia de excelência, com um apoio individualizado aos estudantes e proximidade com os docentes, o que permite um acompanhamento mais personalizado.
O Campus tem infraestruturas de qualidade e acesso facilitado a recursos, o que faz do Piaget do Algarve o melhor dos locais para tirar Osteopatia em Portugal.
Para terminar, quem é a professora Ângela Carrão?
Sou licenciada em Osteopatia e fui também estudante do Piaget em Silves. Tive uma excelente experiência, que recomendo vivamente.
Sou especializada em reabilitação desportiva, com uma sólida experiência profissional em prática clínica, participação em eventos desportivos de impacto internacional em várias modalidades desportivas, e tenho um forte interesse pela área científica, onde já conto com várias publicações. Atualmente, sou docente no Piaget do Algarve.
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