Educação Básica Almada
A paixão pela educação e transformação pedagógica

Entrevista a Ana Leitão, coordenadora da Licenciatura em Educação Básica no Campus de Almada

A professora Ana Leitão coordena a Licenciatura em Educação Básica, lecionada na Escola Superior de Educação Jean Piaget, no nosso Campus de Almada.

O Campus, para quem não o conhece, tem uma magnífica localização, situada junto à estação de comboios do Pragal e a 10 minutos de carro do Centro de Lisboa.

Nesta conversa, queremos ficar a conhecer um pouco melhor tudo o que gira em torno da Educação Básica e como se preparam os estudantes para atuar, no futuro, em contextos educativos formais e não-formais.

O Piaget é uma instituição de referência na formação de educadores e professores em Portugal. Quais são, na sua perspetiva, os grandes desafios da educação atual e o papel dos educadores na sociedade?

Na área da educação, e ao longo da nossa história, acabámos por enfrentar diversos desafios. A atualidade não é diferente e os profissionais da educação têm de procurar dar respostas adequadas aos diferentes contextos em que se movem. Poderia destacar as necessidades individuais, aquilo que é o respeito pela personalidade, a motivação pessoal (intrínseca e extrínseca), a promoção da autonomia e, para lá das capacidades cognitivas, uma dimensão interpessoal e relacional. Creio que estas dimensões são muito importantes, obviamente em articulação com os avanços que a tecnologia e a democratização da Inteligência Artificial têm trazido também para a sociedade em geral.


O que é que a experiência de muitos anos do Piaget na formação de educadores e de professores acrescenta em termos de valor na formação dos futuros diplomados em Educação Básica?

Como coordenadora do curso, tenho, antes de mais, de elogiar e valorizar as competências dos colegas que comigo concorrem para a promoção das competências académicas dos estudantes. Falo de profissionais com décadas de experiência na formação de educadores e professores para o Ensino Básico e também de pessoas que trazem consigo uma preciosa bagagem do ponto de vista da investigação.

Nas nossas aulas procuramos, de facto, estabelecer pontes entre a academia e a comunidade, entre aquilo que é a capacitação destes profissionais da educação e os desafios emergentes na sociedade. Devo dizer que este corpo docente, e as estratégias que mobilizam, estão também em consonância com aquilo que são as práticas que concorrem para a transformação pedagógica e para a dinamização de ambientes educativos verdadeiramente motivadores, cativantes e significativos.


Que competências é que os estudantes irão desenvolver ao longo da licenciatura?

Para começar, é muito importante que os estudantes venham com um espírito aberto para aprender connosco e para entrar num processo de co-construção. O que é que significa co-construir? Significa ensaiar, arriscar, partir à conquista do conhecimento que vai dar outro significado às suas práticas.

Os nossos estudantes vêm habitualmente com um grande ânimo, muito estimulados para concorrer para a mudança, para serem mediadores capazes de favorecer o desenvolvimento de crianças e jovens por meio de metodologias ativas. Mas precisam, obviamente, de uma formação de base. Aqui vão contactar com uma série de conceitos-chave e entrarão num mundo que lhes parecerá um pouco dificultoso de início, mas depois entenderão que, de mãos dadas com autores e obras de referência, poderão contribuir para o desenvolvimento de práticas educativas mais robustas, adequadas e eficazes.


Em termos de empregabilidade, o que devem fazer os diplomados após a licenciatura: tentar entrar de imediato no mercado de trabalho ou prosseguir os estudos para um mestrado para se habilitarem à docência nos vários níveis de ensino?

Dependerá muito da vocação de cada um. Ingressar na licenciatura não significa necessariamente que os estudantes tenham de prosseguir estudos para um mestrado profissionalizante. Terão de o fazer se, de facto, desejarem ser educadores ou professores em 1º ou 2º ciclo.

Porém, esta licenciatura abre portas para outras oportunidades no mercado de trabalho, designadamente ao nível de serviços educativos de um núcleo museológico, numa divisão dedicada à educação numa entidade camarária, numa instituição sem fins lucrativos, numa editora, etc. Enfim, existem várias possibilidades e há que estar disponível para conhecer este mundo maravilhoso e tão diverso que é a educação.


Qual é o perfil dos estudantes que ambiciona ter no próximo ano letivo? E já agora, qual o impacto que espera que eles venham a ter um dia na sociedade?

É sempre uma alegria no primeiro dia, quando acolhemos um novo grupo de estudantes. Acolhemos todos na sua individualidade e na sua diversidade, e prezamos a sua disponibilidade para este compromisso de vir estudar connosco e de participar, na medida em que valorizamos muito a voz dos estudantes. É tão bom vê-los florescer na sua criatividade, no seu pensamento crítico, contribuindo também para o desenho de soluções para uma série de demandas que emergem em diferentes contextos educativos.

Portanto, estamos de braços abertos para os e as estudantes que encaram este compromisso com paixão, porque será um enorme gosto trilhar este caminho com eles.


A licenciatura é lecionada num grande Campus, que acolhe várias Escolas Superiores e um Instituto Universitário, onde os estudantes de Educação Básica vão interagir diariamente com colegas que estão a formar-se em áreas muito diferentes. Na sua opinião, isso é uma vantagem ou uma desvantagem?

É claramente uma vantagem. O facto de poderem conviver com estudantes que estão a fazer o seu percurso formativo noutras áreas científicas é uma oportunidade para conhecerem pessoas com diferentes vocações, com outros horizontes e com distintas ambições de integração no mercado de trabalho.

Ao encararem uma atividade que, à partida, é diferente do que ambicionam, pode ser uma oportunidade para conhecer outras possibilidades que não tinham perspetivado. Quem sabe até se, no futuro, não poderão desenvolver uma formação que combine com uma das áreas que existem no nosso Campus que, diga-se em abono da verdade, é muito agradável e concorre muito para o nosso bem-estar emocional.


Acabou de falar do Campus. Quais são as vantagens de estudar em Almada e o que mais valoriza no Campus?

Posso dizer que Almada traz a oportunidade de estudar num Campus que tem muitos espaços verdes e é extremamente convidativo. A proximidade em relação a Lisboa é uma enorme mais-valia, sem a confusão associada a essa grande cidade. Estamos na Área Metropolitana de Lisboa e dispomos de uma situação privilegiada, seja ao nível das vias de comunicação, seja dos transportes.

Temos também infraestruturas muito diversificadas abertas aos estudantes, como as salas de estudo, o espaço da biblioteca e outras áreas com equipamentos que promovem as aprendizagens associadas às novas tecnologias. Em resumo, temos os espaços adequados para favorecer as aprendizagens significativas, com os recursos adequados.


Para terminar, quem é a professora Ana Leitão?

É alguém muitíssimo apaixonado pela educação, em constante processo de aprendizagem e de redescoberta; alguém que se entrega de coração e alma à língua portuguesa, à didática e à transformação pedagógica.

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