Fisioterapia em Almada
Licenciatura em Fisioterapia agora também no Campus de Almada

Entrevista a José Luís Sousa, coordenador da Licenciatura em Fisioterapia em Almada

O Professor José Luís Sousa é o responsável da nova licenciatura em Fisioterapia, lecionada na Escola Superior de Saúde do Campus Piaget de Almada.

Vem falar connosco sobre o novo curso, numa área formativa de referência para o Piaget, tendo em conta a oferta já existente nos outros três polos académicos da nossa instituição.

Em Almada, frisa o docente e coordenador da licenciatura, teremos a garantia de um sistema de ensino-aprendizagem de grande qualidade, que beneficia da experiência de 20 anos nesta área, num curso 100% orientado para as necessidades reais do mercado de trabalho. “O objetivo é atrair estudantes motivados para uma profissão de saúde com impacto na vida das pessoas, com elevado sentido crítico, com grande sentido ético e com sensibilidade social.”

Qual é hoje a importância da Fisioterapia na promoção da saúde e da reabilitação, tendo em vista uma melhor qualidade de vida?

Hoje em dia, a Fisioterapia, como uma ciência e uma disciplina própria, desempenha um papel central nos sistemas de saúde contemporâneos, com um impacto não só na produção, mas também na promoção, na prevenção e no tratamento de múltiplas condições de saúde.

Cada vez mais, as pessoas valorizam o movimento e a funcionalidade como uma parte fundamental da sua saúde, e os fisioterapeutas, enquanto especialistas da área do movimento, são os profissionais indicados para promover estilos de vida mais saudáveis e para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Com efeito, não se trata apenas de tratar lesões – nós temos um papel muito mais amplo. A nossa intervenção vai desde a promoção da saúde ao tratamento de uma lesão, acompanhando depois a integração da pessoa na sua vida normal e a promoção de uma maior funcionalidade e participação social, que lhe permita retirar o máximo prazer da vida. Somos, assim, profissionais e especialistas que acabam por ter um impacto grande naquilo que a maior parte das pessoas considera ser uma “boa saúde” e que significa, afinal, dispor de uma vida social ativa e participativa, com qualidade.

Com os inúmeros desafios que se colocam atualmente na prestação de cuidados de saúde em Portugal, há ou não uma maior procura de profissionais qualificados e uma relevância crescente da profissão de fisioterapeuta?

Sem dúvida que sim. Um exemplo claro de que ainda todos nos lembramos foi a pandemia. A crise pandémica evidenciou a importância de termos profissionais altamente qualificados para, de modo muito concreto, intervir para resolver problemas de forma eficaz.

Também a crescente consciencialização da população sobre a sua saúde física e o impacto que esta tem na qualidade de vida, bem como contextos específicos, como o desporto ou o trabalho, onde existe a necessidade de resolver rapidamente problemas para que as pessoas possam regressar à sua vida com normalidade, obriga a que os fisioterapeutas estejam, cada vez mais, na linha da frente com conhecimentos científicos atualizados, com muita evidência científica, e uma qualificação elevada para intervir com eficácia e em tempo útil.

Hoje em dia, as populações são altamente exigentes e quando procuram um atendimento esperam que ele seja eficaz e que traga resultados rápidos e a fisioterapia consegue, de facto, tratar uma série de situações de saúde e condições de saúde que são importantes para as pessoas.

Os hospitais, tanto públicos como privados, e as clínicas de fisioterapia são, naturalmente, dois tipos de entidades onde os fisioterapeutas são chamados a prestar serviço. Mas há várias outras saídas profissionais disponíveis para os diplomados, certo?

Certo. A visão mais tradicional é ver os fisioterapeutas a trabalhar nos hospitais, nas clínicas de fisioterapia ou nos centros de reabilitação. Mas essas não são, definitivamente, as únicas alternativas. É possível trabalhar em Fisioterapia em múltiplos contextos e em ambientes altamente especializados. Há fisioterapeutas a trabalhar em escolas, em clubes desportivos, em empresas ou em lares de idosos. Há inclusive a possibilidade de o fisioterapeuta criar a sua própria empresa, isto é, a sua própria unidade privada, e trabalhar na área da gestão em saúde.

Para além disso, não podemos esquecer a importância da investigação científica e o papel importante que o fisioterapeuta pode desempenhar nesta vertente, tal como na área do ensino.

Mas tudo está em crescimento e em constante evolução, pelo que é provável que, no futuro, surjam novas oportunidades. O mundo está a mudar e a digitalização está aí, tal como a Inteligência Artificial. Consigo antecipar um fisioterapeuta a trabalhar em telereabilitação, a trabalhar à distância ou noutros contextos que neste momento fazem apenas parte da imaginação.

Tal como noutras profissões ligadas à saúde, também na fisioterapia é possível encontrar vários tipos de especializações?

Sim, sem dúvida. A Fisioterapia já tem áreas de especialização, definidas até pela Ordem dos Fisioterapeutas, designadamente na área da músculo-esquelética, na área neurológica e na área cardiorrespiratória.

Mas independentemente destas três especialidades, com formações avançadas feitas com mestrados ou com um doutoramento é possível um fisioterapeuta especializar-se noutras áreas, como a pediatria, a geriatria, o desporto ou o pavimento pélvico da mulher, por exemplo. Estas são algumas das áreas onde o fisioterapeuta pode almejar um conhecimento aprofundado, tendo em vista prestar cuidados mais diferenciados, podendo mesmo ser reconhecido como especialista.

A Licenciatura em Fisioterapia já tem uma base sólida no Piaget, sendo lecionada também nos polos académicos de Gaia, Viseu e Algarve. Quais as vantagens de abrir o curso agora também em Almada?

A abertura da Licenciatura em Almada representa uma oportunidade de alargamento desta formação na área da Grande Lisboa, incluindo aqui a Margem Sul e a Península de Setúbal, sendo estas zonas do país onde ainda não tínhamos cobertura. Deste modo, estando presentes no norte, em Gaia, no centro, em Viseu, e no sul, em Silves, fazia sentido assegurar uma presença do ensino da Fisioterapia a nível nacional. Com isso, estamos também a cumprir a missão do Piaget que é justamente a de democratizar o acesso a uma formação de excelência ao nível do Ensino Superior em todo o país.

Acrescento que não é só em Portugal que temos ensino da Fisioterapia. O Piaget tem uma rede de ensino ao nível dos países da lusofonia e o curso é lecionado também no Brasil, em Angola e em Cabo Verde.

O Piaget é uma referência académica na formação de profissionais de saúde em Portugal, com uma oferta que se alarga a vários outros cursos. Sendo a Escola Superior de Saúde Jean Piaget de Almada, que leciona o curso de Fisioterapia, a Escola mais jovem, acha que ela beneficia da experiência acumulada pelo Piaget nesta área?

Claro que sim! O capital existente em termos de anos de formação na área da Fisioterapia é transportado para a nova licenciatura em Almada. Os currículos apresentados são inovadores, fruto de uma evolução natural de 20 anos de ensino. Há a possibilidade de troca de experiências entre docentes qualificados com a nova equipa de formação em Almada, há a partilha de todas as metodologias de ensino já testadas e validadas, e tudo isto facilita muito a integração dos estudantes e o processo pedagógico.

Por outro lado, a questão não se coloca apenas a nível dos docentes, mas também de toda a rede já criada de apoio à própria formação. Falo, por exemplo, dos contactos que temos com outras instituições de saúde para os estágios e das ligações com centros de investigação para os trabalhos de investigação. Tudo isto é algo que iremos partilhar com a nova equipa pedagógica de Almada, pelo que temos a garantia de um sistema de ensino-aprendizagem de grande qualidade.

Este é, aliás, um processo orientado para as necessidades reais do mercado de trabalho, o que facilitará muito a integração futura dos estudantes de Almada nesse mesmo mercado.

Enquanto coordenador da licenciatura e professor, qual é o perfil de estudantes que ambiciona ter consigo no próximo ano letivo e que competências é que os alunos irão desenvolver ao longo do curso?

Independentemente da idade ou de qualquer percurso académico prévio à entrada na licenciatura em Fisioterapia, pretendemos atrair estudantes altamente motivados para uma profissão de saúde com impacto na vida das pessoas. Isto é importantíssimo! Esta profissão requer muito contacto com a população, portanto, há que haver uma predisposição para a escolha deste curso .
Gostaríamos também de ter estudantes com elevado sentido crítico e com grande sentido ético, tal como com enorme sensibilidade social, porque vamos estar a lidar com pessoas muitas vezes em situação de fragilidade. Não menos importante é ter estudantes que tenham vontade de ser sujeitos ativos da mudança e de provocar impacto na vida dessas pessoas, pois o que acontece na Fisioterapia é justamente poder impactar – e muito – a vida dos pacientes.

Ao longo dos quatro anos de licenciatura, os estudantes irão desenvolver conhecimento técnico-científico aprofundado. Aprenderão todas as técnicas de intervenção relacionadas com as diferentes condições de saúde, conhecerão a evidência científica que suporta as nossas intervenções, e serão preparados para uma intervenção autónoma em diferentes contextos.

Esta preparação para a autonomia é fundamental porque valorizamos muito a capacidade de o estudante fazer uma análise de todo o problema e o ser capaz de refletir sobre a intervenção de forma autónoma. Da mesma forma, tal como quando é colocado em equipas multidisciplinares é importante para nós que saiba contribuir para essa equipa com o seu conhecimento centrado nas necessidades da pessoa, partilhando-o com outros profissionais de saúde, sempre no sentido de beneficiar a pessoa envolvida. Estamos sempre a falar de uma saúde centrada na pessoa!

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