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Fisioterapia no Desporto em Debate no 2.º Congresso Internacional do Piaget

Especialistas reúnem-se em Gaia a 18 e 19 de julho para discutir a evolução da profissão.

Nos dias 18 e 19 de julho de 2025, Gaia acolhe o 2nd International Congress of Sports Physiotherapy by Piaget, promovido pela área técnico-científica de Fisioterapia do Piaget. Após uma primeira edição realizada online em 2024, o evento regressa com um formato presencial no Auditório do Centro Paroquial de Mafamude em Gaia, com uma programação reforçada, reunindo alguns dos mais reconhecidos nomes da Fisioterapia no Desporto, a nível nacional e internacional.

Entre os oradores confirmados estão Rod Whiteley, do Australian College of Sports Physiotherapy, Colin Paterson, da University of Brighton, e Ângela Bonaparte Vieira, fisioterapeuta da Federação Portuguesa de Basquetebol (Seleção Nacional Feminina 3×3). O congresso contará ainda com a participação de Irina Rodrigues, médica e atleta olímpica, cuja experiência oferece uma perspetiva única sobre a interseção entre a prática clínica e a realidade do alto rendimento.

Mais do que um espaço de partilha científica, este congresso pretende afirmar a Fisioterapia no Desporto como uma área com identidade própria, promovendo o debate, a atualização e a construção de conhecimento prático e académico num setor em constante evolução. A iniciativa está integrada na missão do Piaget de promover uma formação de excelência, alinhada com as exigências reais da profissão e com forte ligação ao desporto de alto rendimento.

Entrevista a Joana Pinto
Coordenadora da Licenciatura em Fisioterapia e membro da Comissão Organizadora do ICSPT

De que forma a Fisioterapia no Desporto tem vindo a afirmar-se como uma área especializada, com identidade própria, dentro do contexto mais alargado da fisioterapia em Portugal?

A Fisioterapia no Desporto constitui, por si só, uma área de grande interesse e particular relevância dentro do vasto âmbito de atuação do Fisioterapeuta. Esta importância é reconhecida pela própria World Physiotherapy, que criou uma subdivisão específica, a International Federation of Sports Physical Therapy (IFSPT), responsável pela definição e divulgação de um perfil de competências próprio para esta especialidade.

Para ilustrar o papel relevante de Portugal neste contexto, e, por consequência, o potencial impacto que este evento poderá ter na realidade nacional, importa recordar que a reunião inicial e a celebração do documento final que definiu o perfil de competências do Fisioterapeuta no Desporto tiveram lugar em Estoril. Portugal é atualmente um membro em processo de adesão ao IFSPT, representado pela respetiva Ordem dos Fisioterapeutas.

A prática da Fisioterapia no contexto desportivo exige competências muito específicas. Que tipo de preparação é hoje essencial para responder às exigências de contextos competitivos e de alto rendimento?

Formação avançada – através de especialização ou formação pós-graduada (como programas de mestrado) – que deverá ser alicerçada numa forte componente de formação no programa curricular da licenciatura base em Fisioterapia. Esta deverá conter uma dimensão conceptual e reflexiva – através do enquadramento com perfil de competências, entidades reguladoras da atuação profissional, e capacitação teórica -, e uma dimensão mais operacional – como mentorias ou estágio in loco.

Quais são, atualmente, os grandes temas de debate que estão a marcar o futuro da Fisioterapia no Desporto a nível internacional e como podem ser integrados na realidade portuguesa?

A Fisioterapia em Portugal, especialmente no contexto académico, encontra-se numa fase de crescimento e consolidação, abrindo caminho para um futuro promissor. Embora ainda haja margem para expandir temas centrais da agenda internacional da Fisioterapia no Desporto, como a prevenção, hoje considerada o verdadeiro “santo graal” da Medicina Desportiva, e a reabilitação de lesões, o envolvimento consistente de Fisioterapeutas portugueses em contextos desportivos de elite a nível internacional demonstra o elevado potencial e a qualidade dos profissionais nacionais. Esta presença é um indicador claro de que Portugal tem bases sólidas para se afirmar cada vez mais no panorama global.

Como é que as áreas da investigação, da prática clínica e da formação contínua se podem articular para garantir uma evolução sustentada da profissão nesta área tão exigente?

O desenvolvimento profissional sustentável assenta, inevitavelmente, na sólida capacitação proporcionada pela formação de base, que serve de alicerce para uma prática clínica competente e de qualidade. Paralelamente, a participação dos profissionais em programas doutorais, e a produção científica que daí resulta, desempenha um papel fundamental no fortalecimento e reconhecimento de qualquer área científica. Neste sentido, a Fisioterapia encontra-se num momento crucial de crescimento, com um caminho promissor a trilhar ao nível da investigação e da formação avançada. O ainda reduzido número de mestres ou doutorados com formação específica na área representa, não uma limitação, mas uma oportunidade clara para investir, expandir e consolidar o conhecimento científico em Fisioterapia.

A realização de um Congresso Internacional centrado exclusivamente na Fisioterapia no Desporto é ainda rara em Portugal. Que relevância tem um evento com estas características para o reconhecimento e valorização da área?

O nexo causal pode, e deve, ser pensado numa lógica inversa: em muitas áreas, como a medicina, é comum a existência de congressos dedicados a especialidades bem definidas, o que tem contribuído para o crescimento e consolidação dessas mesmas áreas. Também na Fisioterapia, começam a emergir eventos científicos ligados a domínios específicos, como a fisioterapia cardiovascular, respiratória ou neurológica. Assim, a criação de um congresso dedicado à fisioterapia no desporto, especialmente com uma dimensão significativa e participantes de renome internacional, representa uma oportunidade estratégica. Este tipo de iniciativa não só confere visibilidade à investigação já existente, como estimula o desenvolvimento de novas colaborações, fomenta o interesse pela área e reforça a sua relevância científica. Além disso, posiciona os seus promotores como agentes ativos e influentes na construção e afirmação desta especialidade, tanto a nível nacional como internacional.

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